O Humanismo foi uma época de transição entre a Idade Média e o Renascimento.
Como o
próprio nome já diz, o ser humano passou a ser valorizado.
Foi nessa
época que surgiu uma nova classe social: a burguesia. Os burgueses não eram nem servos e nem
comerciantes.
Com o
aparecimento desta nova classe social foram aparecendo as cidades e muitos
homens que moravam no campo se mudaram para morar nestas cidades, como
consequência o regime feudal de servidão desapareceu.
Foram
criadas novas leis e o poder parou nas mãos daqueles que, apesar de não serem
nobres, eram ricos.
O “status”
econômico passou a ser muito valorizado, muito mais do que o título de nobreza.
As Grandes
Navegações trouxeram ao homem confiança de
sua capacidade e vontade de conhecer e descobrir várias coisas. A religião
começou a decair (mas não desapareceu) e o teocentrismo deu lugar ao antropocentrismo, ou seja, o homem passou a ser o centro de tudo e não mais Deus.
Os artistas
começaram a dar mais valor às emoções humanas.
É bom
ressaltar que todas essas mudanças não ocorreram do dia para a noite.
HUMANISMO = TEOCENTRISMO X ANTROPOCENTRISMO
Algumas manifestações
O teatro foi
a manifestação literária onde ficavam mais claras as características desse
período.Gil Vicente foi o nome que mais se destacou, ele escreveu mais de 40
peças.
Sua obra
pode ser dividida em 2 blocos:
Autos: peças
teatrais cujo assunto principal é a religião.
“Auto da
alma” e “Trilogia das barcas” são alguns exemplos.
“Farsa de
Inês Pereira”, “Farsa do velho da horta”, “Quem tem farelos?” são alguns
exemplos.
Poesia
Em 1516 foi
publicada a obra “Cancioneiro Geral”, uma coletânea de poemas de época.
O
cancioneiro geral resume 2865 autores que tratam
de diversos assuntos em poemas amorosos, satíricos, religiosos entre outros.
Prosa
Fernão Lopes
foi o mais importante cronista(historiador) da época, tendo sido considerado o
“Pai da História de Portugal”. Foi também o 1º cronista que atribuiu ao povo um
papel importante nas mudanças da história, essa importância era, anteriormente
atribuída somente à nobreza.
Obras
“Crônica
d’El-Rei D. Pedro”
“Crônica
d’El-Rei D. Fernando”
“Crônica
d’El-Rei D. João I”
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