quarta-feira, 26 de julho de 2017

Apostila - 2º Ano E - Realismo e Naturalismo

2º ANO E – NOTURNO - 2017
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORA: REGINA
NOME:
CONTEÚDO: REALISMO E NATURALISMO NO BRASIL

Em 1857, o mesmo ano em que no Brasil era publicado O guarani, de José de Alencar, na França é publicado Madame Bovary, de Gustave Flaubert, considerado o primeiro romance realista da literatura universal. Em 1865, Claude Bernard publica Introdução à medicina experimental, com uma tese sobre a hereditariedade. Em 1867 Émile Zola publica Thérèse Raquin, inaugurando o romance naturalista.
No Brasil considera-se 1881 como o ano inaugural do Realismo. De fato, esse foi um ano fértil para a literatura brasileira, com a publicação de dois romances fundamentais, que  modificaram o curso de nossas  letras: Aluísio Azevedo publica O mulato, o primeiro romance naturalista do Brasil; Machado de Assis publica Memórias póstumas de Brás Cubaso primeiro romance realista de nossa literatura.
Na divisão tradicional da história da literatura brasileira, o ano considerado data final do Realismo é 1893, com a publicação de Missal e Broquéis, ambos de Cruz e Souza, obras inaugurais do Simbolismo.
No entanto, é importante salientar que 1893 registra o início do Simbolismo, mas não o término do Realismo e suas manifestações na prosa, com os romances realistas e naturalistas, e na poesia, com o Parnasianismo.  Basta lembrar que Dom Casmurro, de Machado de Assis, é de 1900; Esaú e Jacó, do mesmo autor, é de 1904. Olavo Bilac foi eleito “príncipe dos poetas” em 1907.  A Academia Brasileira de Letras, templo do Realismo, é de 1897.
Na realidade, nos últimos vinte anos do século XIX e nos primeiros vinte anos do século XX, temos três estéticas que se desenvolvem paralelas: o Realismo e suas manifestações, o Simbolismo e o Pré-Modernismo, que só conhecem o golpe fatal em 1922, com a Semana de Arte Moderna.
Contexto Histórico
O Realismo e o Naturalismo refletem as profundas transformações econômicas, políticas, sociais e culturais da Segunda metade do século XIX.  A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, entra numa nova fase, caracterizada pela utilização do aço, do petróleo e da eletricidade; ao mesmo tempo o avanço científico leva a novas descobertas nos campos da Física e da Química.
O capitalismo se estrutura em moldes modernos, com o surgimento de grandes complexos industriais; por outro lado, a massa operária urbana avoluma-se, formando uma população marginalizada que não partilha dos benefícios gerados pelo progresso industrial mas, pelo contrário, é explorada e sujeita a condições subumanas de trabalho.
Esta nova sociedade serve de pano de fundo para uma nova interpretação da realidade, gerando teorias de variadas posturas ideológicas. Numa sequência cronológica temos:
·         o Positivismo de Auguste Comte, preocupado com o real-sensível, o fato, defendendo o cientificismo no pensamento filosófico e a conciliação da “ordem e progresso” (a expressão, utilizada na bandeira republicana do Brasil, é de inspiração comtiana);
·         Socialismo Científico de Karl Marx e Friedrich Engels, a partir da publicação do Manifesto Comunista, em 1848, definindo o materialismo histórico (“o modo de produção da vida material condiciona o processo de vida social, político e intelectual em geral” – K. Marx) e a luta de classes;
·         o Evolucionismo de Charles Darwin, a partir da publicação, em 1859, de A origem das espécies, livro em que ele expõe seus estudos sobre a evolução das espécies pelo processo de seleção natural, negando portanto a origem divina defendida pelo Cristianismo.
O Brasil também passa por mudanças radicais tanto no campo econômico como no político-social, no período compreendido entre 1850 e 1900, embora com profundas diferenças materiais, se comparadas às da Europa.  A campanha abolicionista intensifica-se a partir de 1850; a Guerra do Paraguai (1864/70) tem como consequência o pensamento republicano – o Partido Republicano foi fundado no ano em que essa guerra acabou –; a Monarquia vive uma vertiginosa decadência.
Lei Áurea, de 1888, não resolveu o problema dos negros, mas criou uma nova realidade.  O fim da mão-de-obra escrava e a sua substituição pela mão-de-obra assalariada, então representada pelas levas de imigrantes europeus que vinham trabalhar na lavoura cafeeira, originou uma nova economia voltada para o mercado externo, mas agora sem a estrutura colonialista.
É nesse contexto sócio-político-científico que surgem o Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo. A alteração do quadro social e cultural exigia dos escritores outra forma de abordar a realidade: menos idealizada do que a romântica e mais objetiva, crítica e participante.  Contudo há semelhanças e diferenças entre essas correntes.  As semelhanças residem na objetividade, na luta contra o Romantismo e no gosto por descrições minuciosas.
Características
As características do Realismo e do Naturalismo estão intimamente ligadas ao momento histórico, refletindo, dessa forma, a postura do Positivismo, do Socialismo e do Evolucionismo, com todas as suas variantes. Assim é que o objetivismo aparece como negação do subjetivismo romântico e nos mostra o homem voltado para aquilo que está diante e fora dele, o não-eu; o personalismo cede terreno para o universalismo. O materialismo leva à negação do sentimentalismo e da metafísica. O nacionalismo e a volta ao passado histórico são deixados de lado; o Realismo só se preocupa com o presente, o contemporâneo. Influenciados por Hypolite Taine e sua Filosofia da arte, os autores realistas são adeptos do determinismo, segundo o qual a obra de arte seria determinada por três fatores: o meio, o momento e a raça – esta, no que se refere à hereditariedade. O avanço das ciências, no século XIX, influencia sobremaneira os autores da nova estética, principalmente os naturalistas, donde se falar em cientificismo nas obras desse período.
Ideologicamente os autores desse período são antimonárquicos, assumindo uma defesa clara do ideal republicano, como se observa na leitura de romances como O MulatoO Cortiço e O Ateneu, por exemplo.  Negam a burguesia a partir da célula-mãe da sociedade: a família; eis por que os sempre presentes triângulos amorosos, formados pelo pai traído, a mãe adúltera e o amante, que é sempre um “amigo da casa”; para citarmos apenas exemplos famosos de Machado de Assis, eis alguns triângulos:  Bentinho/Capitu/Escobar; Lobo Neves/Virgília/Brás Cubas; Cristiano Palha/Sofia Palha/Rubião.
São anticlericais, destacando-se em suas obras os padres corruptos e a hipocrisia de velhas beatas.
Finalmente é importante salientar que Realismo é denominação genérica da escola literária, sendo que nela se podem perceber três tendências distintas, expostas a seguir.
Diferenças entre Realismo e Naturalismo
Realismo:

  1. Retrato fiel do personagem
  2. Lentidão Narrativa
  3. Interpretação do caráter
  4. Materialização do amor
  5. Determinismo e relação entre causa e efeito
  6. Veracidade
  7. Detalhes específicos.
Naturalismo
  1. Visão determinista e mecanicista do homem
  2. Cientificismo
  3. Personagens patológicas
  4. Incorporação de termos científicos e profissionais
  5. Determinista, Evolucionista e Positivista

Romance Realista
Cultivado no Brasil por Machado de Assis, é uma narrativa mais preocupada com a análise psicológica, fazendo a crítica à sociedade a partir do comportamento de determinados personagens.  É interessante constatar que os cinco romances da fase realista de Machado apresentam nomes próprios em seus títulos – Brás Cubas; Quincas Borba; D. Casmurro; Esaú e Jacó; Aires –, revelando clara preocupação com o indivíduo.
O romance realista analisa a sociedade “por cima”, ou seja, seus personagens são capitalistas, pertencem à classe dominante; mais uma vez nos voltamos para a obra de Machado e percebemos que Brás Cubas não produz, vive do capital, o mesmo acontecendo com Bentinho; já Quincas Borba era louco e mendigo até receber uma herança; o único dos personagens centrais de Machado que trabalhava era Rubião (professor em Minas), mas recebe a herança de Quincas Borba, muda-se para o Rio e não trabalha mais, vivendo do capital. O romance realista é documental, retrato de uma época.
Observe o trecho abaixo:
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa.  Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não.  Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.  Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, – devoção, ou talvez medo; creio que medo.”
(ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo, Scipione, 1994. p. 45)
Podemos notar todo o estilo irônico do autor, aqui com suas baterias voltadas contra as idealizações românticas que haviam moldado o gosto do público leitor. Repare que Machado parte de uma adjetivação que nos leva a montar um perfil da heroína romântica (a mais atrevida, a mais voluntariosa, bonita, fresca, carregada de feitiço, faceira) para só num segundo momento provocar a ruptura:  ignorante, pueril, preguiçosa.
Romance Naturalista
Cultivado no Brasil por Aluísio Azevedo, Júlio Ribeiro, Adolfo Caminha, Domingos Olímpio, Inglês de Souza e Manuel de Oliveira Paiva; o caso de Raul Pompéia é muito particular, pois seu romance O Ateneu ora apresenta características naturalistas, ora realistas, ora impressionistas.


Cena de O Cortiço, obra naturalista de Aluísio de Azevedo.
A narrativa naturalista é marcada pela forte análise social a partir de grupos humanos marginalizados, valorizando o coletivo; interessa também notar que os títulos dos romances naturalistas apresentam a mesma preocupação: O mulato, O cortiço, Casa de pensão, O Ateneu.
Há inclusive, sobre o romance O cortiço, a tese de que o principal personagem não é João Romão, nem Bertoleza, nem Rita Baiana, nem Pombinha, mas sim o próprio cortiço ou, como afirma Antônio  Candido, “o romance é o nascimento, vida, paixão e morte de um cortiço”.  Sob um certo ponto de vista, o mesmo poderia ser dito sobre o colégio Ateneu (os dois romances se encerram com a destruição dos prédios, abrigos coletivos).
Por outro lado, o naturalismo apresenta romances experimentais; a influência de Darwin se faz sentir na máxima naturalista segundo a qual o homem é  um animal; portanto, antes de usar a razão, deixa-se levar pelos instintos naturais, não podendo ser reprimido em suas manifestações instintivas, como o sexo, pela moral da classe dominante.
A constante repressão leva às taras patológicas, tão ao gosto naturalista; em consequência, esses romances são mais ousados e erroneamente tachados por alguns de pornográficos, apresentando descrições minuciosas de atos sexuais, tocando, inclusive, em temas então proibidos, como o homossexualismo:  tanto o masculino, como em O Ateneu, quanto o feminino, em O cortiço.
Observe o texto abaixo:
“Ana Rosa, com efeito, de algum tempo a essa  parte, fazia visitas ao quarto de Raimundo, durante a ausência do morador.
Entrava disfarçadamente, fechava as rótulas da janela, e, como sabia que o morador não aparecia àquela hora, começava a bulir nos livros, a remexer nas gavetas abertas, a experimentar as fechaduras, a ler os cartões de visita e todos os pedacinhos de papel escrito, que lhe caíam nas mãos.  Sempre que encontrava um lenço já servido, no chão ou atirado sobre a cômoda, apoderava-se dele e cheirava-o sofregamente, como fazia também com os chapéus de cabeça e com a  travesseirinha da cama.
Estas bisbilhotices deixavam-na caída numa enervação voluptuosa e doentia, que lhe punha no corpo arrepios de febre.”
(AZEVEDO, Aluísio.  O mulato.  19. ed. São Paulo, Martins Fontes, 1974. p. 121)
Observamos  que a personagem Ana Rosa, criada segundo alguns “caprichos românticos e fantasias poéticas”, não resiste à força da atração física que Raimundo lhe desperta, chegando a invadir o quarto do rapaz. O importante é notar como a moça é dominada pelos instintos; como se fosse um animal, “lê” o mundo por meio dos sentidos (ela “conhece” o rapaz pelo cheiro que ele imprimiu nos objetos); a excitação provoca reações físicas (enervação voluptuosa, febre), transformando-se num caso patológico, doentio.
Observação:
Como você observa, há vários pontos de coincidência entre o romance realista e o naturalista; diríamos até que ambos partem de um mesmo ponto x e ambos chegam a um mesmo ponto y, só que percorrendo caminhos diversos.  Tanto um como outro atacam a monarquia, o clero e a sociedade burguesa.  Inclusive, podemos encontrar, num mesmo autor, determinadas posturas mais realistas convivendo com enfoques mais naturalistas. É o caso de O Ateneu, citado acima.
*Eça de Queirós, em Portugal, é outro exemplo significativo: alguns críticos o consideram realista, outros classificam-no como naturalista.
Principais Autores e Obras:
*Machado de Assis (1839/1908)
Poesia – Crisálidas (1864)/ Falenas(1870)/ Americanas(1875)
Prosa: Contos – Contos fluminenses(1870)/ Histórias da meia-noite(1873)/ Papéis avulsos(1882)/Histórias sem datas(1884)/ Relíquias da casa velha(1906)
Romances – conforme a crítica já consagrou, distinguem-se duas fases nos romances de Machado.
1ª fase- romances românticos: Ressurreição(1872)/A mão e a Luva(1874)/ Helena(1876)/ Iaiá Garcia(1878)
2ª fase – romances realistas: Memórias Póstumas de Brás Cubas(1881)/ Quincas Borba(1891)/ Dom Casmurro(1889)/Esaú e Jacó(1904)/ Memorial de Aires(1908)
*Aluísio Azevedo(1857/1913) Nasceu em São Luís, Capital do Maranhão.
Romances românticos – Uma lágrima de mulher(1879)/ Memórias de um condenado(ou A condessa de Vésper)(1882)/ Mistério da Tijuca(ou Girândola de Amores)(1882)/ Filomena Borges(1884)/ A mortalha de Alzira(1894)
Romances naturalista – O Mulato (1881)/ Casa de pensão(1884)/ O homem(1877)/ O cortiço(1890)/ O coruja(1890)
Aluísio Azevedo pretendeu interpretar a realidade de uma camada social marginalizada, em franco processo de degradação, quer pela força da pressão social, quer pelo determinismo – teoria que o autor considera válida.
*Raul Pompéia (1863/1895) – Nasceu em Angra dos Reis .Suicidou-se na noite de natal de 1895.

Prosa – O Ateneu(1888) romance – Canções sem metro(1900) crônicas, poemas em prosa, divagações poéticas.

FONTES: www.coladaweb.com › Literatura; guiadoestudante.abril.com.br/.../realismo-e-naturalismo; 
literaturacido.blogspot.com/2011/05/realismonaturalismo.

terça-feira, 25 de julho de 2017

REGRA DO HÍFEN

PRIMEIRO ANO – LÍNGUA PORTUGUESA
  • Emprego do hífen


O hífen representa um sinal gráfico, cujas funções estão associadas a uma infinidade de ocorrências linguísticas, tais como:
- ligar palavras compostas;
- fazer a junção entre pronomes oblíquos e algumas formas verbais, representadas pela mesóclise e ênclise;
- separar as sílabas de um dado vocábulo;
- ligar algumas palavras precedidas de prefixos.
Com o advento da Nova Reforma Ortográfica, houve algumas mudanças em relação à sua aplicabilidade. Sendo assim, dada a complexidade que se atribui ao sinal em questão, o presente artigo tem por finalidade evidenciá-las, procurando enfatizar, em alguns casos, o que antes prevalecia e o que atualmente vigora. Mediante tais pressupostos, constatemos, pois:
Circunstâncias linguísticas a que se deve o emprego do hífen:
# O hífen passa a ser usado quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com a mesma vogal.

Antes: antiinflamatório; antiinflacionário; microondas; microorganismo.
Depois: anti-inflamatório; anti-inflacionário; micro-ondas; micro-organismo.

Nota importante:
- Essa regra padroniza algumas exceções já vigentes antes do Acordo.

auto-observação – auto-ônibus – contra-atacar
- Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”, mesmo que a segunda palavra comece com a mesma vogal que termina o prefixo.
coobrigar – coadquirido - coordenar – reeditar – proótico - proinsulina...
# Com prefixos, emprega-se o hífen diante de palavras iniciadas com “h”.
anti-higiênico – anti-histórico – co-herdeiro - extra-humano – pró-hidrotópico - super-homem...
# Emprega-se o hífen quando o prefixo terminar em consoante e a segunda palavra começar com a mesma consoante.
inter-regional – sub-bibliotecário – super-resistente...
# Com o prefixo “-sub”, diante de palavras iniciadas por “r”, usa-se o hífen.
sub-regional – sub-raça – sub-reino...
# Diante dos prefixos “-além, -aquém, -bem, -ex, -pós, -recém, -sem, - vice, usa-se o hífen.
além-mar – aquém-mar – recém-nascido – sem-terra – vice-diretor...
# Diante do advérbio “mal” , quando a segunda palavra começar por vogal ou “h”, o hífen está presente.
mal-humorado – mal-intencionado – mal-educado...
# Com os prefixos “-circum” e “-pan”, diante de palavras iniciadas por “vogal, m, n ou h”, emprega-se o hífen.
circum-navegador - pan-americano – circum-hospitalar – pan-helenismo...
# Usa-se o hífen em casos relacionados à ênclise e à mesóclise.
entregá-lo – amar-te-ei – considerando-o...
# Com sufixos de origem tupi-guarani, representados por “-açu”, “-guaçu”, “-mirim”, usa-se o hífen.
jacaré-açu – cajá-mirim – amoré-guaçu...
Casos em que não se emprega o hífen:
# Não se usa mais o hífen quando o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra começar por uma vogal diferente. 

Antes: auto-escola; auto-estima; auto-avaliação; co-autor;infra-estrutura; semi-árido.
Depois: autoescola; autoestima; autoavaliação; coautor; infraestrutura; semiárido.
Nota importante:
- Essa nova regra padroniza algumas exceções existentes antes do Acordo. 
aeroespacial – antiamericano – socioeconômico...
# Não se usa mais o hífen em determinadas palavras que perderam a noção de composição.

Antes: manda-chuva; para-quedas; para-quedista.
Depois: mandachuva; paraquedas; paraquedista. Observação:
 - O hífen ainda permanece em palavras compostas desprovidas de elemento de ligação, como também naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas.
azul-escuro – bem-te-vi – couve-flor – guarda-chuva – erva-doce – pimenta-de-cheiro...
# Não se emprega mais o hífen em locuções substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuntivas.
fim de semana – café com leite... 
Exceções:
O hífen ainda permanece em alguns casos, expressos por: 
água-de- colônia – água-de-coco – cor-de-rosa...
# Quando a segunda palavra começar com “r” ou “s”, depois de prefixo terminado em vogal, retira-se o hífen e essas consoantes são duplicadas.

Antes: ante-sala; anti-rugas; anti-social; auto-retrato; exta-sensorial; contra-reforma; supra-renal; ultra-secreto; ultra-som.
Depois: antessala; antirrugas; antissocial; autorretrato; extrassensorial; contrarreforma; suprarrenal; ultrassecreto; ultrassom.

Observações importantes:
- O hífen será mantido quando os prefixos terminarem com “r” e o segundo elemento começar pela mesma letra.
hiper-requintado – inter-regional – super-romântico – super-racista...
- A nova regra padroniza algumas exceções já existentes antes do acordo, como é o caso de:
minissaia – minissubmarino - minissérie...
# Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de “r” ou “s”.
anteprojeto – autopeça – contracheque – extraforte – ultramoderno...
# O hífen não deve ser usado quando o prefixo termina em consoante e a segunda palavra começa por vogal ou outra consoante diferente.
hipermercado – hiperacidez - intermunicipal – subemprego – superinteressante – superpopulação...
# Diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra começar por consoante, não se emprega o hífen.
malfalado – malgovernado – malpassado – maltratado – malvestido...


Atividades - gramática


CONTEÚDOS: uso dos porquês;
Mal e mau;
Onde e aonde;
Há e a.
1-Qual é a frase que está escrita incorretamente?
a)Por que você não me ajudou ontem?
b)Diga-me o porquê de você não ter me ajudado ontem.
c)Nunca saberei porquê você não me deu aquele jogo.
d)Ele era gordo porque só comia doce.
e)Porque era gordo, ninguém acreditava que emagreceria.

2-Marque a alternativa que corresponde às lacunas da frase: “ ___ você não tira férias? Me dê o ___! É que toda vez que pergunto recebo a mesma resposta, mas ainda continuo sem entender ___.”
a)porque – porque - porquê
b)por que – por que – por que
c)por quê – por quê - porquê
d)por que – porquê – por quê

3-Assinale a alternativa que preenche a lacuna desta frase: “Cancelamos o evento  ___ estava chovendo muito”.
a)porquê  b)por quê  c)porque    d)por que

4-Explique o motivo da utilização dos “porquês” neste trecho: “Estou cansada, porque trabalho o dia inteiro. Além disso, não gosto de shows ao vivo e todos sabem o porquê.”

a)Os dois porquês são utilizados aqui para trazer a explicação para o cansaço do sujeito e para o fato deste não ir ao show ao vivo, um estando sem acento porque está no início da frase e o outro levando acento porque está no final da frase.
b)A primeira forma indica a explicação para o sujeito estar cansado, tendo o valor de “pois”. A segunda é um substantivo, o qual indica que o sujeito não gosta de shows ao vivo e que todos sabem disso, sendo substituído por “motivo”.
c)A primeira forma indica motivo, tendo o valor de “pois”, não sendo acentuado porque não é um substantivo. A segunda também indica um motivo, não sendo substantivo e levando o acento apenas porque está no final da frase.
d)A primeira indica causa, tendo o valor de “pois”, não estando acentuado porque é um substantivo e que está no início da frase. A segunda também indica causa, estando acentuado porque é um substantivo que está no final da frase.

5-Assinale a alternativa em que as formas completam corretamente as lacunas das frases abaixo, pela ordem:
- Quando ____ assessorado, o governante comete muitos erros.
- O Chapeuzinho Vermelho conseguiu escapar do lobo ____.
- Devemos praticar o bem e evitar o ____.
- Quando está de ____ humor, ninguém o suporta.
 a) mal, mau, mau, mau;
b) mau, mal, mal, mal;
c) mal, mau, mal, mau;
d) mau, mau, mal, mal;
e) mal, mal, mau, mau.

6-Empregue mal ou mau:
- Ele não é um sujeito tão ____ assim.
- Acontece, porém, que ela se acostumou ____.
- Ele é um ____ elemento.
- Ela vai se dar ____.
- O aluno foi ____ nos exames.

 A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:
a) mau, mau, mal, mal, mau;
b) mal, mau, mau, mal, mal;
c) mal, mal, mau, mal, mal;
d) mau, mal, mau, mal, mal;
e) mau, mau, mau, mal, mal;

7-Assinale a sequência que complete corretamente as sentenças:
“Os turistas foram ao Cristo Redentor, ________ puderam observar a bela paisagem da cidade.
________ você vai depois do expediente?
Nas metrópoles brasileiras, ________ o trânsito é congestionado, um simples trajeto pode demorar horas.
Ele conquistou um lugar na empresa ________ ninguém mais chegou.
a) aonde, aonde, onde e aonde.
b) onde, aonde, onde e aonde.
c) aonde, onde, aonde e onde.
d) onde, onde, onde e aonde.

8-Estão corretas as proposições, exceto:
a) Aonde você quer ir?
b) O casal foi visitar a cidade onde moraram durante dois anos.
c) Onde você ficou durante a festa?
d) Aonde os meninos vão com tanta pressa?
e) Eu ainda não sei onde vou nas minhas férias.

9-Ele chegou _____ tempo de acompanhar o segundo tempo da partida de futebol.
_____ várias diferenças entre o verbo “haver” e a preposição “a”.
_____ muitos anos não viajava para o exterior.
_____ dois meses da promoção, pediu demissão da empresa onde trabalhava.
O office-boy entregou _____ funcionária os documentos.
A alternativa que preenche corretamente as lacunas das orações acima é:
a) há – há – há – à – a      b) a – há – há – a – à
c) a – há – a – há – à        d) à – a – a – a – há

10-“Diga ---- elas que estejam daqui----pouco-------porta da biblioteca”.
a) à, há, a  b) a, há, à   c) a, a, à   d) à, a, a     e) a, a, a

11-Complete com há ou a:
a) O livro chegou ….. um mês.
b)      ….. dias ele está viajando?
c)Partirei daqui ….. uma semana.
d) Não tiro férias ... muito tempo.

e) Daqui ….. três dias, verei um amigo que conheço ….. vinte anos.